quinta-feira, 10 de julho de 2008

criança.

ser criança é ser feliz. ah, se eu tivesse dado valor a isso enquanto era uma! aliás, ser criança é mais que isso. é não ter preocupações, estresses ou aperreios; a vida se limita a barra-bandeira, pega-pega, peão, boneca, lego.
escola? não! criança que é criança não se preocupa com a escola. faz dela uma brincadeira, assim como todas as outras. estudo mesmo, de verdade, só a partir dos 11, quinta série. e convenhamos que com essa idade, muitos de nós já não brincávamos como verdadeiras crianças; já nos intitulávamos de "pré-adolescentes". tudo bobagem! eramos crianças, mas não queriamos mais admitir.
realmente a tal puberdade é uma porcaria. já imaginou se a gente não começasse a ter todas as mudanças no corpo, espinhas aparecendo, hormônios aflorando? poxa, iriamos ser crianças por mais tempo, ou quem sabe até pra sempre. "oi, meu nome é raimunda, eu tenho 18 anos e brinco de barbie"; isso não ia ser uma aberração, mas sim normal, completamente normal. se bem que, se a puberdade só trouxesse essas mudanças, até que seria aceitável. mas ela nunca vem só. sempre junto com ela vem o amadurecimento, novas idéias e pensamentos. passamos a enxergar o mundo, e a vida, com outros olhos, olhos de "gente grande". e nem sempre essas novas idéias e pensamentos nos tornam pessoas melhores.
e, sinceramente? eu preferia que fosse assim; que vivessemos enternamente como crianças. acho que o mundo seria mais, mais, mais... mais inocente, mais puro e menos cruel. pense, todos nós sem estresses, preocupações. fazendo da vida uma grande brincadeira levada a sério. "mas levada a sério?". lógico que sim. ou você vai querer me dizer que uma criança em plena brincadeira gosta de ver o time oposto ganhar no barra-bandeira? mas tá bom, nem tão a sério assim. porque criança que é criança, não vai chorar por ter perdido uma brincadeira; vai desafiar o time oposto e fazer de tudo para ganhar.
e é isso que nós, intitulados adultos, fazemos (ou ao menos deveríamos fazer): lutamos, batalhamos todos os dias, tentando sempre fazer o melhor e ganhar; perdemos? sim. mas a derrota não nos faz abaixar a cabeça e só nos dá mais forças para buscar o que realmente queremos.
ah, se buscássemos na vida um sentido mais criança, mais infantil. o mundo seria diferente.mas apesar disso, a vida olhada aos olhos de uma criança não é, e jamais será, igual àquela olhada pelos adultos; ou por aqueles que se dizem adultos.
eu queria ser criança pra sempre!

2 comentários:

Juliana Rodrigues disse...

caracaaa! deu vontade de voltar pra minha 5ª série e de fazer coisas que eu deixei de fazer :/
só dizer que não era mais criança!
mas fazer o que? a puberdade não deveria mesmo existir! hehehe
lindo texto keka!
;*

Carol Fonsêca disse...

Oooi, meu nome eh Carol tenho 17 anos e brinco de pega-acocorô:D